“Os prazeres da leitura são múltiplos. Lemos para saber, para compreender, para refletir. Lemos também pela beleza da linguagem, para nossa emoção, para nossa perturbação. Lemos para compartilhar. Lemos para sonhar e para aprender a sonhar (há várias maneiras de sonhar...). A melhor maneira de começar a sonhar é por meio dos livros...”José Moraes

sábado, 24 de março de 2012

Para enriquecer a sua leitura, seguem algumas sugestões de livros.

 Felicidade Clandestina-    Clarice Lispector
A narradora recorda sua infância no Recife. Ela gostava de ler. Sua situação financeira não era suficiente para comprar livros. Por isso, ela vivia pedindo-os emprestados a uma colega filha de dono de livraria. Essa colega não valorizava a leitura e inconscientemente se sentia inferior às outras, sobretudo à narradora. Certo dia, a filha do livreiro informou à narradora que podia emprestar-lhe "As Reinações de Narizinho", de Monteiro Lobato, mas que fosse buscá-lo em casa. A menina passou a sonhar com o livro. Mal sabia a ingênua menina que a colega queria vingar-se: todos os dias, invariavelmente, ela passava na casa e o livro não aparecia, sob a alegação de que já fora emprestado. Esse suplício durou muito tempo. Até que, certo dia, a mãe da colega cruel interveio na conversa das duas e percebeu a atitude da filha; então, emprestou o livro à sonhadora por tanto tempo quanto desejasse.


sexta-feira, 23 de março de 2012

Aos alunos

As Duas Panelas
Duas panelas, uma de ferro, orgulhosa, outra de barro, humilde, moravam na mesma cozinha; e como estivessem vazias, a bocejarem de vadiação, disse a graúda:
- Bela tarde para um giro pela horta! A cozinheira não está e até que venha, teremos tempo de dizer adeus à alface e fazer uma visita aos repolhos. Queres ir?
- Com todo o prazer! - respondeu a panela de barro lisonjeadíssima de honrosa companhia.
- Dá-me o braço então, e vamos depressa antes que "ela" venha.
Assim fizeram, e lá se foram as duas desajeitadonas gingando os corpos ventrudos, cheias de amabilidade para com as hortaliças.
- Bom dia, dona Couve! Comendador Repolho, como passas! Coentrinho, adeus!
No melhor da festa, porém, a panela de ferro falseou o pé e esbarrou na amiga.
- Ai que me trincas! exclamou esta.
- Não foi nada, não foi nada...
Uns passos a mais e novo choque.
- Ai que desbeiças, amiga!
- Em casa arruma-se, não é nada...
Minutos depois terceiro esbarrão, esse formidável.
- Ai! Ai! Ai! Ai! Fizeste-me em pedaços, ingrata!
E a mísera panela de barro caiu por terra a gemer, reduzida a cacos.                                                                 
 Monteiro Lobato

 Elementos da narrativa

Foco narrativo;
Tipo de narrador;
Personagens;
Tempo;
Espaço;
Clímax.

quinta-feira, 22 de março de 2012

"A boa educação é moeda de ouro, em toda parte tem valor."
Padre Antônio Vieira
No 1º bimestre estou trabalhando o projeto:
Sherazade apresenta:  “As mil e uma noites”   

Sherazade é uma personagem muito especial, que simplesmente ganha o coração do sultão através da narrativa. É assim que pretendo fazer, ganhar o coração de meus alunos para a leitura.

Público alvo: 5º anos e 5ª séries



Ler emagrece
Um estudo encomendado pela rede de livrarias britânicas Borders reforçou o ditado “mente sã, corpo são”. O ato de ler já gasta algumas calorias, porém o estudo comprovou que ao ler livros de ação e suspense, a taxa média de calorias que são gastas dobra. Isso se dá ao fato de que livros ligados a esses temas provocam a produção de adrenalina, um hormônio que prepara o corpo para situações de estresse, reduzindo o apetite e queimando calorias. 
Fonte: Brasil Escola

segunda-feira, 19 de março de 2012

"[...]Quem me dera ao menos uma vez
Explicar o que ninguém consegue entender...."

Legião Urbana


 Vale a pena ler!!!
A INCAPACIDADE DE SER VERDADEIRO

Paulo tinha fama de mentiroso.  Um dia chegou em casa dizendo que vira no campo dois dragões da
independência cuspindo fogo e lendo fotonovelas.
A mãe botou-o de castigo, mas na semana  seguinte ele veio contando que caíra no pátio da escola um
pedaço de lua, todo cheio de buraquinhos, feito queijo, e ele provou e tinha gosto de queijo.
Desta vez Paulo não só ficou sem sobremesa, como foi proibido de jogar futebol durante quinze dias.
Quando o menino voltou falando que todas as borboletas da terra passaram pela chácara de Siá Elpídia e
queriam  formar  um  tapete  voador  para  transportá-lo ao sétimo céu, a mãe  decidiu  levá-lo  ao médico. 
Após  o exame, o Dr. Epaminondas abanou a cabeça:
— Não há nada a fazer, Dona Coló. Esse menino é mesmo um caso de poesia.
(Carlos Drummond de Andrade. Contos plausíveis. Rio de Janeiro: José Olympio, 1985. p. 24.)
dragão-da-independência: soldado da cavalaria.